Estado não
registrou nenhuma morte por coronavírus entre apenados e policiais penais.
Visitas de familiares são retomadas, seguindo protocolos.
A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap)
confirmou neste sábado (26) que não há mais nenhum caso confirmados de Covid-19
na população carcerária do Rio Grande do Norte. Com 10.447 presos, o Estado é
um dos primeiros do Brasil sem registros de infeção em internos e policiais
penais e o único do Nordeste sem óbitos em razão da pandemia do novo
coronavírus, segundo a pasta.
O
estado registrou casos confirmados de 529 internos e 186 agentes.
Todos já estão curados, segundo a secretaria. Neste
sábado (26), houve uma missa em comemoração por não ter ocorrido nenhuma morte.
O secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio Filho, afirmou que
as 17 unidades prisionais do estado foram isoladas em 13 de março.
“O
primeiro registro de infeção entre os servidores aconteceu em 3 de abril e
entre as pessoas privadas de liberdade ocorreu em 19 de maio. Já o gráfico com
a curva da pandemia começou a cair em meados de agosto”, informou.
Não
existe registro de servidor infectado há mais de 20 dias. O secretário ressalta
que o efetivo foi testado quase que por completo e que, no Nordeste, segundo
dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o RN teve um dos mais baixos
índices de infeção entre os policias penais.
“O esforço dos
servidores nas unidades foi decisivo para o enfrentamento da infecção. Passados
seis meses de pandemia e com os números favoráveis, retomamos as visitas
presenciais com todo cuidado e precaução. Não podemos relaxar e vamos
permanecer atentos aos protocolos”, disse.
Nas unidades com até
600 presos, as visitas já foram retomadas. Há protocolos. As visitas, por
exemplo, se limitam a uma pessoa por interno e não existe qualquer contato físico.
Na próxima semana, será a vez das unidades maiores: Penitenciária Estadual de
Parnamirim, Cadeia Pública Dinorá Simas, Penitenciária Rogério Coutinho e
Penitenciária Estadual de Alcaçuz.
Segundo Pedro
Florêncio, as medidas sanitárias e de prevenção continuam: os presídios são
desinfectados diariamente; policiais penais, internos e usuários utilizam
equipamentos de proteção individual e têm álcool para higienização à
disposição; o horário do banho de sol dos apenados foi prolongado; colchões são
expostos diariamente ao sol. Os novos internos passam por exames das unidades
de saúde e ficam em quarentena.
“Com essa epidemia foi
duplicada a higienização, o cuidado com as máscaras, com o fardamento”, conta a
Gleyci Laine, de 26 anos, condenada por tráfico de anabolizantes.
Mayara Aracelly, de 31
anos, presa por tráfico de drogas, está sem ver os filhos, crianças, desde
março. A distância dos familiares tem feito as apenadas do Complexo João
Chaves, na Zona Norte de Natal, se dedicarem ao trabalho de artesanato. As
peças são vendidas e o dinheiro destinado aos parentes delas.
"Minha mãe, meus
filhos. É difícil passar seis meses sem ver eles, mas temos que compreender que
é por segurança", afirmou Mayara.
Por Inter TV Cabugi
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